segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Matéria sobre Rogerinho (Rincón)

O amigo, fiel companheiro e colaborador do Veteranos Clube de Mogi Mirim, foi alvo de destaque na imprensa neste final de semana em reportagem do jornal "O Popular". No suplemento esportivo, sobre o título "Pau para toda obra", Rogerinho ou Rincón como também é conhecido, fala de sua experiência e paixão pelo futebol.
Não deixem de ler... Boa semana a todos!

(clique na imagem para ampliar)
“Pau para toda obra”
Ele já morou em vários cantos da cidade, exerceu inúmeras profissões e no mundo da bola vai de torcedor a massagista, além de jogador conhecido pelas pancadas.
Solícito, está sempre disposto a ajudar se o assunto é futebol. É nos estádios onde se sente mais à vontade.
Especialmente se após — ou durante — os jogos rolar uma cerveja.
Pelo pouco cabelo no passado e um dos olhos um pouco afundado, era chamado de Amaral, ex-Palmeiras. Depois, se tornou Rincón.
São os apelidos de Rogério Álvares Misael Garcia, 37 anos, figura carimbada nos campos do amador.
A paixão pela cerveja é tão intensa quanto a memória. Impressiona a exatidão ao pontuar tempo relembrando fatos.
Nascido e criado na Vila Dias, onde mora há 23 anos, já passou por diversos bairros.
Morou no centro, Avenida Santo Antonio, Tucura, Jardim Silvania e Santa Cruz.
Estudou até a oitava série e fez um pouco de tudo. A primeira profissão foi balconista no Bar do Nelson.
Foi marceneiro no Centro Educacional. Na adolescência, chegou à Guarda Mirim, onde aprendeu datilografia.
Como guardinha, trabalhou na Santa Casa, Itaú e em empresas. Foi metalúrgico. Quando o pai incentivador faleceu, parou.
Em 1989, conheceu João Barbudo, seu patrão, e desde então é poceiro, em trabalho sazonal.
Quando não atua como poceiro, faz bicos de servente de pedreiro ou ajudante geral.
Descarrega caminhões de água, de Águas de Lindóia a Mogi, e aguarda a abertura da firma de um amigo para novo emprego.
No futebol, o maior prazer é fazer amizades, participar da reza, vibrar e comemorar.
É querido pelos companheiros pelo jeito simples, alegre e bem humorado.
Na adolescência, chegou a ser mascote do Oxicomm, vice amador com estrelas como Wagninho e Badi.
Foi mascote do Vila Dias. Jogou no Sete de Setembro, Luxita e Indomáveis. Foi vice da Série Ouro do Interbairros pelo Delta.
Em 2007, foi campeão como massagista do Vila Dias. Em 2011, campeão rural na comissão do Pombal.
Há pouco, era massagista do Zaniboni, do amigo João Banana, mas foi alçado a jogador. Aos sábados, brinca no Veteranos Clube de Mogi Mirim.
Apesar de sentir saudades do amor à camisa de atletas do passado, não se desilude.
Futebol ainda é o que ama. Enfrentando as agruras do cotidiano, não amolece. Como Rogério, Rincón ou Amaral, segue aprendendo nos campos de batalha da vida.
Sem fugir do pau, está sempre pronto a colaborar com os amigos. É do tipo “precisou, está ali”. Pau para toda obra.
(transcrito do jornal “O Popular” edição de 01/10/2011)
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